Boldrini
artista plástica
Priscila
Biografia
Priscila Boldrini, uma carioca nascida em 1982, estabeleceu-se em São Paulo, onde vive e trabalha atualmente. Formada em Design, Arquitetura e Urbanismo, ela nunca abandonou sua paixão pela arte. Sua trajetória artística foi significativamente influenciada pelo artista Maurício Barbato, seu professor, que a inspirou a explorar novas dimensões criativas.
A artista é conhecida por suas criações tridimensionais que rompem a estrutura tradicional dos quadros. A artista utiliza madeira de reúso em suas obras, o que não apenas contribui para a estética, mas também reforça sua mensagem sobre a importância da sustentabilidade e da preservação das árvores.
Suas obras não apenas provocam reflexão sobre a relação entre o homem e o meio ambiente, mas também promovem práticas mais conscientes e responsáveis.
Priscila utiliza tinta acrílica, madeira e telas como suportes para sua expressão artística. Contudo, suas criações não se limitam a esses materiais; a artista aproveita o que estiver disponível em seu atelier, resultando em obras únicas e diversas.
Sua jornada artística começou há alguns anos com acrílico sobre tela, período em que usava um pseudônimo. Hoje, Priscila assina suas obras com seu próprio nome, infundindo em cada criação sua alma, significados e sentimentos pessoais. Essa evolução demonstra sua confiança crescente e um compromisso mais profundo com a arte e suas mensagens.
Florestas inteiras poderiam ser preservadas se nosso foco real fosse na sobrevivência a curto prazo.
Minha pesquisa vem da mata, da terra, do cheiro, das folhas, da água.
Além de indispensáveis para o ciclo da vida, as árvores também são a representação significativa da beleza, da força e do crescimento.
Meu trabalho artístico tem a intenção de espargir a importância dos biomas, a indispensável reciclagem da madeira e de todos os materiais, e trazer ainda reflexões importantes sobre as histórias que muitas árvores contam.
Nas obras, com tinta acrílica, tela e outros materiais reutilizados, a madeira antes ignorada e descartada, transcende do lixo e seu novo uso trabalha em função das novas gerações de florestas, através das mensagens que pretendo ecoar com as minhas criações.
Sobre
Na Série Significativas, a artista propõe contar as histórias de árvores importantes para humanidade. Algumas obras:
No Benin, precisamente em Ajudá (Ouidah), na África, na jornada dos escravos rumo ao Brasil havia um ritual de despedida. Era a “Árvore do Esquecimento”, ao redor da qual davam 7 voltas antes de embarcar nos navios negreiros, e ali deixavam suas almas para sempre. Essa é a primeira obra da série.
O “Baobá” se destaca como “Árvore da vida”, ele resiste a muitos períodos de seca, reservando água em seu interior. O exemplar mais antigo desta que é a árvore símbolo da África soma 1.150 anos. Sendo uma árvore sagrada para o Candomblé e a Umbanda, toda homenagem e reverência seria pouca. Ela está associada à ancestralidade e aos orixás. A obra recebeu uma moldura de madeira recuperada, com o objetivo de deixar a árvore em absoluto destaque, um “camafeu contemporâneo”.
A partir do século XVII, a “Árvore de Natal” se difundiu no mundo como um símbolo de vida, reconciliação e esperança. Os nórdicos consideravam o pinheiro um símbolo de prosperidade, pois as suas folhas estão sempre verdes. Infelizmente ainda hoje muitos pinheiros são cortados e depois descartados, tendo sua função principal a de enfeitar e não de ser uma árvore cheia de vida, ajudando no ar, no solo, abrigando animais, etc. A artista propõe repensar no uso dessas árvores.
A “Mancenilheira” é sedutora, com sua beleza e frutos, além disso está em ambientes de praia como Flórida, Bahamas e América Central. Mas na verdade, essa é a árvore mais mortal do mundo. Substâncias tóxicas podem ser liberados ao encostar em qualquer parte da árvore, sua seiva é capaz de matar e claro, ingerir um fruto leva a pessoa a morte. Até mesmo queimá-la não é possível, pois gera uma fumaça tóxica.
O “Cedro do Líbano” é o símbolo do crescimento dos justos, nobreza, beleza, resistência e longevidade. O cedro é uma árvore majestosa que cresce nas alturas, nas montanhas da Turquia e do Líbano, hoje em extinção. Utilizada pelos fenícios, nas suas embarcações, bem como para a construção de templos e habitações. Já os egípcios utilizavam a sua resina na prática da mumificação.
O “Cajueiro de Pirangi”, está localizado na praia de Pirangi do Norte, em Parnamirim (RN), e cobre uma área de aproximadamente 9.000m², com perímetro de aproximadamente 500 metros. Seu tamanho é o equivalente a 70 cajueiros. O cajueiro teria sido plantado em 1888 por um pescador. Demais obras desta série estão atualmente em produção.
Série Significativas
“Árvore do Esquecimento”
Série Significativas, 2024
Técnica Mista (Acrílica, Tela,
Madeira)
80x12x120cm
“Baobá”
Série Significativas, 2025
Técnica Mista (Acrílica, Tela, Madeira)
50x10x70cm
“Árvore de Natal”
Série Significativas, 2025
Técnica Mista (Acrílica, Tela,
Madeira)
80x8x80cm
“Mancenilheira da morte”
Série Significativas, 2025
Técnica Mista (Acrílica, Tela, Madeira)
60x15x80cm
Na Série Arbóreas, a artista apresenta algumas árvores importantes da nossa flora, espécies com importância econômica e histórica para o nosso país:
Em 1500, o “Pau-brasil” era uma das árvores mais abundantes da Mata Atlântica, e assim deu origem ao nome do nosso país. O Pau-brasil foi o nosso “ouro verde”.
O “Ipê-Amarelo” é a árvore mais conhecida e cultivada no Brasil. Ele faz parte de um grupo de plantas de excepcional valor ornamental, tanto pelas flores exuberantes como pela sua elegante forma estrutural.
Podendo chegar até a 70m de altura e a 120 anos de vida, a “Samaúma” é considerada sagrada para os povos indígenas, sua copa se projeta acima de todas as demais árvores servindo de abrigo e proteção para outras espécies de flora e para inúmeros pássaros e insetos.
Descrita inicialmente em 1828 a partir de material cultivado, a origem da “Jabuticabeira” é desconhecida. Nativa da Mata Atlântica, essa árvore é a melhor parte da infância de muitos brasileiros.
A obra “Açaí” traz o registro da importância cultural e econômica da palmeira para a região amazônica. Seus frutos outrora fonte de alimento para a população local, hoje tem seu consumo difundido por todo Brasil e até no exterior, além da sua utilização em cosméticos e outros produtos.
A “Seringueira” é a maior fonte de borracha natural, utilizada no transporte, indústria e material bélico. Sua seiva é fonte de alimento para milhares de famílias no Brasil, nosso ouro branco.
Uma das maiores árvores do Brasil, o “Jequitibá Rosa”, ultrapassa 60m de altura e mais de 500 anos de idade! Hoje, infelizmente, ela está classificada como vulnerável.
A “Araucária”, segundo estudos, está presente no planeta desde o Período Jurássico, isso é, aproximadamente 200 milhões de anos. Hoje é a árvore símbolo do Paraná, com uma importância econômica enorme no estado.
Série Arbóreas
“Pau-brasil”
Série Arbóreas, 2024
Técnica Mista (Acrílica, Tela,
Madeira)
60x8x90cm
“Ipê-amarelo”
Série Arbóreas, 2024
Técnica Mista (Acrílica, Tela, Madeira)
50x12x70cm
“Samaúma”
Série Arbóreas, 2024
Técnica Mista (Acrílica, Tela, Madeira,
Papel Machê)
80x10x60cm
“Jabuticabeira”
Série Arbóreas, 2024
Técnica Mista (Acrílica, Tela, Madeira)
50x7x70cm
“Açaí”
Série Arbóreas, 2023
Técnica Mista (Acrílica, Tela, Madeira,
Papel Marchê)
50x7x70cm
“Seringueira”
Série Arbóreas, 2023
Técnica Mista (Acrílica, Tela, Madeira)
50x15x50cm
“Jequitibá-rosa”
Série Arbóreas, 2023
Técnica Mista (Acrílica, Tela, Madeira)
60x7x90cm
“Araucária”
Série Arbóreas, 2023
Técnica Mista (Acrílica, Tela, Madeira)
50x11x50cm
“Depois do fogo”
2022
Técnica Mista (Acrílica e Madeira)
53x41cm
Queimadas, na grande maioria, são provocadas pela ação humana de maneira criminosa. Os incêndios são muitas vezes ligados às atividades econômicas, iniciados por agricultores em áreas de pastagens, para renovação de pastos, e por grupos que causam desmatamento para eliminar vegetação rasteira e retirada de madeira para comercialização.
Essas práticas acabam por atingir diversas florestas, como é o caso dos biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado, onde áreas de proteção ambiental, como o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) ou Parque Nacional das Emas (MT e GO), a Chapada Diamantina (BA) e o Pantanal (MT e MS) estão sofrendo severos danos ambientais.
Quando o fogo se vai, nada sobra ou apenas fragmentos daquelas que outrora eram vida.
“Liberdade Ocre”
Série Borboletas 1, 2024
Técnica Mista (Acrílica, Barro, Porcelana Fria,
Madeira)
23x5x9cm
Borboletas, insetos fascinantes que passam por
metamorfose. Um dia larvas, lagartas e no outro seres
alados, coloridos, exuberantes!
Polinizadoras fundamentais para flores e frutos.
Infelizmente, muitas populações de borboletas estão em
declínio devido à perda de habitat, mudanças climáticas e
uso de pesticidas.
Nessa série, Priscila Boldrini recolheu esses insetos mortos,
e as eternizou com porcelana e acabamento vitrificado.
Com galhos soltos, ela convida a cada um que interaja com
a obra, as modificando como quiser.
Liberdade...
“Liberdade Azul”
Série Borboletas 1, 2024
Técnica Mista (Acrílica, Barro,
Porcelana Fria, Madeira)
23x5x9cm
“Liberdade Verde”
Série Borboletas 1, 2024
Técnica Mista (Acrílica, Barro,
Porcelana Fria, Madeira)
23x5x9cm
“Mergulho”
2023
Acrílica sobre tela
80x100cm
“Filtro”
2023
Acrílica sobre tela
90x120cm
“Garimpo”
2021
Acrílica sobre tela
50x100cm
“Invasão”
2022
Acrílica sobre tela
90x120cm
“Fogueira”
2021
Acrílica sobre tela
60x90cm
“Profundo”
2020
Acrílica sobre tela
60x100cm
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